ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL FREI NIVALDO LIEBEL-ASSEFRENI
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS-FACISA
CELER FACULDADES
Professora: Odilene
Alunos: Eliane Lauxen- Patrícia Frizon – Roberto
Turma: PED 13
Disciplina: Escola e currículo
SOCIEDADE: ESCOLA E CURRICULO
RESUMO
A escola surgiu com a finalidade de adaptar o aluno na sociedade, abrangendo assim seus axiomas governamentais vigentes. Porém estes valores precisavam ser revisto, então surge o currículo que deveria adaptar sociedade a esses axiomas revendo todos os conceitos e incluindo também a realidade em que os alunos viviam. Podendo ser transformador da sociedade visando não um aluno alienado, mas sobre tudo um cidadão consciente de seus atos, julgando de maneira direta que somos agentes transformadores.
PALAVRAS – CHAVES: Escola – Currículo - Sociedade
1 INTRODUÇÃO
A escola surgiu, com a finalidade de adaptar o aluno na sociedade abrangendo assim seus axiomas governamentais vigentes. Este sistema educativo precisou ser revigorado de maneira em que o povo se orienta e reflita, sobre os aspectos da sociedade. Com isso surge o currículo criado no final do século XIX, com fim tecnicista, para repassar os axiomas governamentais vigentes, porém respeitando a realidade do aluno e sua cultura, mostrando a importância da grade curricular, interferindo diretamente na sociedade em que o individuo mora. Transformando a escola em um modelador de ‘valores existentes’ e a sociedade como expectadora principal da realidade cultural e social da escola. O currículo é um instrumento que modifica todos os dias buscando sua melhora com cada grupo escolar. É um grande aliado para com o professor, pois vai ajudar nas aulas, na organização dos conteúdos e disciplinas. É pensado pelo MEC. Art. 5º, onde fez um padrão a todas as escolas do Brasil.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 SOCIEDADE
Com a Revolução Industrial começaram a surgir os problemas próprios de uma sociedade burguesa, entre eles a instrução pública popular. Em 1930 é criado o Ministério da Educação e Saúde. Começava-se a reconhecer a educação e pensar nela como uma questão nacional. Em 1947 veio a converter um projeto em Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1961 e substituída pela promulgação de 20 de dezembro de 1996.
Surge à criação da escola primária nos estados, regulamentação das escolas superiores secundaria e primaria. Incorporando o ideário pedagógico renovador, unificação e regulamentação da educação nacional da rede pública (municipal, estadual e federal) e privada.
2.2 ESCOLA
Primeiramente qualquer escola coletiva ou privada era considerada pública. Já a escola popular destinava-se a educação a toda população. Com esse intuito no século XIX difunde-se a noção de instrução pública, vinculado à iniciativa do sistema nacional de ensino, com o objetivo de acesso a escola a toda população, a mesma com competência de ensinar a ler, escrever e contar.
Começamos a pensar em educação de outro modo não somente em ensinar a ler escrever, mas num modo novo de educar, finalmente surge a escola pública no Brasil que nesse caso trata-se de uma escola organizada e mantida pelo Estado abrangendo todos os graus e ramos de ensino.
A mesma surgiu com a finalidade de adaptar o aluno na sociedade, abrangendo assim seus axiomas governamentais vigentes.
Mas este sistema educativo precisava ser revigorado de maneira em que o povo se orienta e reflita, sobre os aspectos da sociedade, com isso surge o currículo criado no final do século XIX.
O currículo relaciona-se com a instrumentalização concreta que faz da escola em determinado sistema social, pois é através dele que se adota conteúdos, missão que se expressa por meio de uso quase universais em todos os sistemas educativos. (SACRISTIAN, 2000, p. 15.)
Segundo Sacristian, o currículo transforma a escola num sistema social utilizando de expressões e métodos que coexistem em nossa realidade de vida tanto escola como social.
Quando olhamos as funções da escola, refletimos também a função da escola na sociedade, onde não podemos excluir a escola da sociedade e nem a sociedade da escola. Mas o que equilibra a escola versus sociedade é o currículo sobre o qual tem a finalidade na educação como metade da entrada metodológica até o aluno, e do aluno a sua reflexão atingindo diretamente a sociedade formando aluno consciente com a realidade cultural.
A escola em geral, determina nível ou tipo de instituição sob qualquer modelo de educação e adota uma posição e uma orientação seletiva frente à cultura que se concretiza precisamente o currículo que transmite. (SACRISTAN, s.d., p. 17)
Para Sacristan, toda a escola ou instituição tem por meio ou método de entrada a cultura sobre o qual o currículo da todo o suporte para a metade de concretização do modelo educacional da escola.
2.3 CURRÍCULO
Originou-se nos Estados Unidos no final do século XIX, onde educadores começaram a pensar e estudar os problemas e questões curriculares. Inicia-se uma série de estudos onde originou o surgimento de um novo campo. O propósito desses especialistas era planejar as atividades pedagógicas com intuito de não desviar o comportamento e o pensamento dos alunos, para acompanhar o registro de vida estudantil. O currículo assim como a disciplina são elementos indispensáveis a qualquer curso. O ensino então passaria a seguir um plano, com as áreas de estudos, para cada professor e o aluno sobre supervisão do professor.
A elaboração do currículo obedeceria a prioridades de acordo com as finalidades da educação escolar e ao público que se destina. Há muito tempo o currículo deixou de ser apenas uma área técnica. Hoje ela é considerada um instrumento social e cultural. O currículo é um instrumento que modifica todos os dias buscando sua melhora com cada grupo escolar.
Ao final dos anos setenta surgem novas tendências que ajudam a fortalecer a estrutura do currículo. A nova estrutura busca entender e favorecer quem o currículo trabalha, e fazer com que ele trabalhe a favor dos grupos e classes dos oprimidos.
As noções de conhecimento que vem sendo oferecido aos alunos estão ficando indiferente aos conhecimentos que o aluno já possui que traz de casa, cultura popular (televisão, música, revistas). Por que isso está ligado e não estamos dando importância para que isso seja modificado. Em relação às tecnologias está ainda pouco incorporado.
Com isso tem educadores engajados a mudar essa realidade e formulam projetos educacionais e curriculares e fazem com que a escola e o currículo reforcem a desigualdade na estrutura social. Está havendo importantes modificações nas formas de socializar o conhecimento, influenciando na teorização do currículo.
A idéia de currículo é não somente envolver a escola num todo, mas todo que dela fazem parte, fazendo assim com que toda a sociedade se envolva de alguma maneira participando das decisões precisas.
O currículo nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, que de algum modo aparece nos textos e nas salas de aulas de uma nação. Ele é sempre parte de uma tradição seletiva, resultado da seleção de alguém, da visão de algum grupo acerca do que seja conhecimento legítimo. É produto das tensões, conflitos e concessões culturais, políticas e econômicas que organizam e desorganizam um povo. (APPLE, 2002. p.59)
Para Apple, o currículo não é apenas o conhecimento socializado com o aluno, mas ele envolve também toda a bagagem que o aluno traz e a realidade da sociedade em que vive.
A criação de um currículo nacional propõe uma visão positiva, isso envolveria a criação de novos exames, tarefa politicamente difícil. O conteúdo teria que ser mais rigoroso e ter o envolvimento dos professores em um trabalho mais exigente e mais estimulante. Os professores seriam obrigados a “aprofundar seus conhecimentos das matérias acadêmicas e mudar suas próprias concepções sobre conhecimentos.” Tanto professores, administradores e alunos teriam que ser mais atenciosos cooperativos e participativos.
Contribuindo assim para formar e definir o perfil e o caráter de ensino, voltado à formação humana preparando assim para atender as suas necessidades manuais e intelectuais. O currículo então é uma seleção efetuada nas escolas, onde a prioridade é organizada e colocada em prática.
“O ensino deve contemplar principalmente a expressão, a experiência, a vivência do aluno, utilizando seu capital cultural e seu interesse como base do conhecimento.” (SAVIANI, 2000, p.40).
Segundo Saviani, a escola socializa conhecimento buscando a experiência de vida do aluno, utilizando sua cultura como base do conhecimento processo esse que deve ser dialogado com o aluno e sua cultura.
Os autores que rejeitam o currículo padrão defendem a construção do mesmo em sala de aula. Na estruturação do conteúdo deve ser separado por disciplina, para facilitar a compreensão. Deve romper barreiras com as disciplinas e trabalhar com a interdisciplinaridade, mas não descarta o ensino por disciplinas e sim com a relação que uma tem com a outra. Interdisciplinaridade não se ensina e nem se aprende, apenas vive-se e exerce a valorização das experiências do currículo e a modificações de hábitos estabelecidos.
O conhecimento não se separa da vida material, a relação que o homem estabelece entre si e com a natureza é o que distingue o homem de acordo com os diferentes campos.
Para abordar a educação escolar, as atividades são incluídas as tarefas, definindo os objetos a seleção dos conteúdos de acordo com a idade, o desenvolvimento mental e físico de cada criança, criando formas de controlar e avaliar os rendimentos escolares, contribuindo com a ciência e a educação e incumbindo o professor de organizar as atividades do aluno.
Os autores comentam sobre as contribuições, tirando conclusões sobre problema de elaboração do currículo.
Piaget defende o processo natural do desenvolvimento cognitivo. Levando em conta o desenvolvimento de cada individuo o que é possível desenvolver e o que pode ser cobrado, acompanhando a capacidade do aluno.
Para o autor Davydov, a teoria de Vigotsky supera a de Piaget, por ir além dos pensamentos da estrutura e da lógica.
A organização do currículo segundo a estrutura das matérias de ensino teria que ter maior atenção aos conteúdos, trabalhar a estrutura para cada disciplina, capacitar o aluno para desenvolver suas habilidades.
O professor deve ter uma formação para abordar os conteúdos a partir das representações do aluno. Tendo a capacidade de ensinar, dominar os conteúdos habilidades e instrumentos, saber a semelhança nas disciplinas escolares e cientificas.
O currículo é um grande aliado para com o professor, pois vai ajudar nas aulas, na organização dos conteúdos e disciplinas. É pensado pelo MEC. Art. 5º, onde fez um padrão a todas as escolas do Brasil.
Sendo um instrumento de compreensão do mundo, que tem um compromisso com pessoas, sociedade e cultura ao seu redor: Contribuir para a escola buscando investigar as questões sociais trazendo assim a responsabilidade para si.
A prática interdisciplinar traz desenvolvimento, questiona os obstáculos e possibilidades a sua aplicação. A interdisciplinaridade busca explicar que tem uma ligação a outras áreas.
A partir do momento que o currículo, passou a fazer parte da escola, veio a tona a compreensão sobre o caráter político escolar. O currículo deve ser planejado para assim ser ensinado. É um grande instrumento para o desenvolvimento dos conteúdos pedagógicos onde deve ser elaborado pelo professor, mas sempre visando a realidade e a sociedade em que irá aplicar.
Deve ser elaborado através de ação pedagógica, onde possam ser bem compreendido e debatido. Sobretudo o currículo escolar traz marca de uma cultura escolar de uma determinada época.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Contudo, este trabalho nos ajudou a sanir duvidas a respeito de escola e currículo, fatos que não estavam na nossa realidade, por não estarmos atuando na área da educação ainda. Concluímos que o currículo é fundamental em uma escola, pois é pensado na sociedade em geral, na cultura do povo. Certamente nos ajudará futuramente e veio para ajudar o professor em seu cotidiano. Pois segue um padrão e uma organização adequados para cada instituição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática: problemas da unidade conteúdo/ método no processo pedagógico. 3 ed. São Paulo: Autores associados, 2000.
MOREIRA, Antonio Flavio; SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo, cultura e sociedade. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a pratica. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.